domingo, 10 de março de 2013

TRÁUMAS DO NASCIMENTO

Se o nascimento foi muito doloroso fisicamente, as memórias podem aflorar como lembretes constantes na forma de um funcionamento inadequado de certos órgãos ou sistemas. Uma memória comum que muitas pessoas têm é a da falta de ar. Se o cordão umbilical foi cortado muito cedo, antes que os pulmões fossem capazes de se expandir aos poucos, respirar pela primeira vez pode ser muito doloroso. Quando o cordão umbilical – a linha da vida original por meio de que toda respiração ocorre – é avariado, a criancinha experimenta uma sensação de sufocamento, que é muito traumática. Para sobreviver, ela deve respirar, mas por vezes a criança, em pânico, se sente obrigada a se valer dos pulmões demasiado rápido ou excessivamente. A respiração, portanto, provavelmente estará ligada à experiência da dor e às experiências próximas da morte. A memória dessa primeira respiração pode levar a um enrijecimento dos músculos respiratórios ao longo de toda a vida. A não ser que essa memória seja liberada, ela sempre impedirá que a respiração seja totalmente relaxada. Existem muitos exemplos das reações duradouras no sistema nervoso transmitidas por diversos tipos de nascimento. Um nascimento demorado, não raro leva a uma reação do sistema simpático na criança. Se, em decorrência do seu trauma, a mãe não está em sintonia com os sinais hormonais da criança,, ou se está tensa demais para estar aberta a eles, a criança achará o seu caminho através do canal do nascimento penoso e longo. A reação parassimpática frequentemente se liga a uma experiência próxima da morte, tal como o nascimento quando a criança está sentada no útero, quando o cordão umbilical pode estrangular a criança ou quando a mãe se acha totalmente sedada por meio de drogas durante o parto. A criança pode ter necessitado de estímulos para dar início à respiração e as funções do corpo. A reação parassimpática ocorre num nível energético baixo, e dá origem a uma criança por vezes calma, que nada exige, passiva, que raramente chora. Essa criança costuma ser estimulada pelos pais e pelos outros adultos, de vez que poucos compreendem que o seu bom comportamento¨ .pode ser causado pelo trauma do nascimento que ainda exerce um impacto assoberbante e um efeito tranqüilizador sobre a criança. Quando se torna adulta, a pessoa parassimpática é muitas vezes zelosa, passiva, pessimista, conservadora e apresenta baixa autoestima. Essa pessoa muitas vezes se queixa do futuro sem compreender que isso é causado pelas memórias do passado. A memória de um trauma do nascimento é amiúde expressa posteriormente nos padrões do comportamento que refletem o nascimento: uma tendência para sempre estar atrasado ou para chegar antes do horário, para evitar ir para a cama ´`a noite ou para sair da cama de manhã, para protelar as decisões, ou a incapacidade de tomar decisões. Para essas pessoas, acontecimentos simples do cotidiano tais como, por exemplo, o engarrafamento no tráfego, podem forçá-las a arriscarem as próprias vidas, bem como as dos outros, guiando perigosamente, a fim de se livrarem da sensação de estarem presas. O barulho excessivo, a música alta ou o total silêncio podem até mesmo fazer com que essas pessoas se sintam tensas. Infelizmente, essa conduta frequentemente é perdoada como algo que faz parte da personalidade da pessoa, e raramente é relacionada com a sua provável origem. È possível dar muitos exemplos dos diversos efeitos do nascimento sobre o comportamento dos adultos. Uma criança que nasceu com a ajuda do fórceps por vezes tende a ser animada inicialmente nas situações corriqueiras, porem, posteriormente, depende dos outros para a fase final dessas situações , que envolvem algum tipo de complicações quanto a mobilizar a energia para dar inicio a novos projetos na vida, e com freqüência perde a concentração nas tarefas que empreende. Se um nascimento é provocado, o adulto pode não gostar de ser ¨forçado a se envolver com determinadas situações”, prematuramente. Os padrões relacionados com os nascimentos por meio de cesariana podem verdadeiramente ser divididos em operações planejadas e em operações de emergência. Uma operação planejada é significativa porque toda a fase que envolve a luta para se abandonar o útero é evitado, o que deixa uma memória do nascimento totalmente isenta de traumas. No caso de uma operação de emergência, a criança passou por uma intensa luta contra a morte, e por vezes fica com lembranças mais chocantes do que é habitual, e tenderá a agir de modo exagerado e inexplicável em certas situações. Numa fase secundária, as memórias do nascimento podem levar concebivelmente a asma, a uma tosse constante, a certa pressão na cabeça ou nos ombros, a complicações estomacais, a palpitações, a um cansaço crônico, à tontura e à náusea. A síndrome pré-menstrual também pode estar relacionada dom as mudanças ciclicas´de hormônio estimuladas pelas memórias do nascimento; a ansiedade intensificada, a irritabilidade, a depressão e a raiva, etc,etc, são sintomas e reminiscências da série de emoções no nascimento. Leonard Orr Célio José Bighetti – Psicoterapeuta Holístico e Instrutor de Meditação

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